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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Na Teia da Vida


Hoje foi um dia proveitoso e até mesmo inusitado. Mas de todos os fatos e contatos, me vem à mente agora o primeiro do dia. 
Enquanto caminhava pela calçada percebi um senhor franzino que havia parado no meio do fluxo e se sustentava numa bengala. Um passo atrás,  perguntei a ele se precisava de alguma ajuda. Depois de um ligeiro estranhamento sorriu e disse "não, minha filha, estou só descansando." Em seguida, agradeceu sinceramente por receber uma gentileza ou ao menos um pouco de atenção, pegou minha mão e beijou com elegância, agradecendo ainda mais enquanto eu me afastava.
E ao fim do dia ao relembrar o fato, estranhamento senti eu por viver numa sociedade onde um pequeníssimo gesto de atenção, de solidariedade, seja recebido com surpresa e tanta gratidão. Quando deveria ser algo tão simples e natural, sem custo algum.
Segundo as escrituras, Jesus oferecia uma tal "paz de Deus que o mundo não pode dar". Realmente não somos ainda seres de paz, mas a pequena paz que tenho porque tento construí-la todos os dias, eu levo comigo aonde for. Acredito nela e é minha pequena contribuição.
Na teia da vida somos partículas de um mesmo organismo, como demonstrou Capra. Enquanto indivíduos, just dust in the wind.