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domingo, 17 de setembro de 2017

À sombra da Casuarina


Na caminhada de hoje cedo, antes que a primavera virasse verão mesmo antes de sua chegada, cumprimentei uma velha amiga como sempre faço, uma árvore casuarina, que faz parte do meu cenário há pelo menos uns trinta anos. Hoje senti-me convidada pela sua sombra. Encostada ao seu tronco rugoso, olhei o céu completamente azul através dos galhos e o céu terminava logo ali ao fundo da baía, no recorte das serras do norte do Rio.

Através dos galhos no espaço azul, veio-me uma lembrança de longe, quando numa tarde da infância eu brincava com outras crianças sob galhos ao vento de outras casuarinas, que naquele momento me pareciam árvores gigantes.  Senti tão plenamente aquela criança que brincava feliz e inocente de tudo que o mundo ainda lhe traria, ignorante de todas as histórias e experiências que a vida lhe apresentaria e das escolhas que teria que fazer.

Memórias distantes mas tão vívidas... que me fizeram pensar: _ puxa, mas a Lua nem está mais em Câncer... Sim, a Lua (memória) está em Leão (poder) e Vênus (tesouros, beleza) também. Senti nesse belo reencontro como amo essa criança e como ela me é preciosa... como ela estará sempre lá assim feliz e inocente, vivendo sempre no presente.

Agradeci à vida por tanto e por tudo, pelas casuarinas que sempre estiveram presentes nos meus caminhos, nas minhas paisagens vida afora. À criança, que sempre esteve comigo até aqui dando-me a mão e coragem.
                       

Gosto demais das casuarinas!  São árvores que estão espalhadas por quase todo o mundo, onde há clima temperado, tropical e subtropical, suas raízes são muito profundas (iron roots) e por isso elas resistem muito aos ventos. Casuarina equisetifolia, conhecida pelos nomes de Casuarina e Pinheiro Casuarina (Australia Pinus) é provavelmente nativa de Madagáscar.

E hoje esta linda senhora me proporcionou um mágico encontro com a criança viva dentro de mim que continua a correr e brincar.

             "Apenas a matéria vida era tão fina
                Existirmos: a que será que se destina"
                ...